sábado, 28 de maio de 2011

Eles comentam - 'O fim da picada'

Produção do Colisão, representantes do Governo do Estado, elenco da peça
e debatedores
Após todos os espetáculos três profissionais com experiência no campo artístico e cultural, que tem trabalho reconhecido nessa área, irão comentar sobre o espetáculo e dar seus 'pitacos'. Neste, Paulo Marcos de Carvalho, Renato Neves e José Sisneiros, comentam sobre o sexto espetáculo exibido no colisão teatral, dia 26 de maio: "O fim da picada".

Paulo Marcos de Carvalho

“A utilização da sonoplastia tem muito afinação” - Iniciou comentando que é um mérito muito grande para os atores abordar uma temática pedagógica ou didática, pois é muito difícil falar desses assuntos sem ficar uma coisa chata. Não passou uma linguagem já dita pela maioria das pessoas, principalmente por ser uma coisa muito pertinente, o que é muito importante. Abordou alguns quesitos que pudessem ajudar de alguma forma os atores a melhorar o espetáculo, como: A questão das máscaras e a luz do espetáculo. “Os personagens vem numa dinâmica corporal e física que contam bem a história, mas quando colocam as máscaras o comportamento muda muito, isso poderia ser mais trabalhado”, afirmou. Em relação à luz, foi uma das coisas que lhe incomodou muito. “Quando começa a briga entre os personagens, a luz eu achei muito escura, mesmo depois eu entendendo o motivo, acho que o momento se estendeu um pouco mais”, disse. Citando apenas esses dois pontos como negativos no espetáculo, para ele, poderia ser mais elaborado e pesquisado. O que faria fluir de maneira mais dinâmica do que já é. “A utilização da sonoplastia tem muito afinação”, comentou, sendo um dos pontos que mais lhe chamou atenção positivamente. “Acho complicado os atores interpretarem mais de um personagem, usar vários elementos e fazer várias coisas, pois acaba complicando”, finalizou.

Renato Neves

"O principal mérito do espetáculo é o respeito com o espectador, independente de que idade seja, ou até mesmo classe social" - Renato já assistiu ao espetáculo há dois anos e simpatiza muito com esse tipo de teatro escola, ou educacional. “Vocês são a prova viva de que mesmo sendo teatro escola não é uma coisa foleira, pois para mim público é público, e tem que ser respeitado”, afirmou. Comentou que a sonoplastia do espetáculo é afinadíssima, e a luz também, para quem não se apresenta há muito tempo. A última apresentação do grupo foi em setembro do ano passado. “O principal mérito do espetáculo é o respeito com o espectador, independente de que idade seja, ou até mesmo classe social”, disse. A utilização dos elementos, essa coisa do lúdico, funciona muito bem e envolvem as crianças, inclusive as pequenas, porém tem vezes que se repete demais, e já sabemos que irá acontecer de novo, o que para Renato, foi uma das coisas que precisa ser analisada e pesquisada para um melhor resultado. “Os adultos entendem os códigos existentes no espetáculo, e ficam satisfeitos, até mesmo educadores ficam satisfeitos com o espetáculo”, comentou.

José Sisneiros

"Teatro infantil pra mim é muito difícil e tem coisas ricas(...)" - Revelou certo medo em relação à arte contratada, devido muitas pessoas usarem o teatro durante anos com esse mesmo objetivo de ser uma arte contratada. “Hoje, eu vi que é um espetáculo que tem um objetivo ajudando na saúde pública, e pra mim, tem tudo haver, atinge o objetivo”, afirmou. Alguns detalhes lhe chamaram atenção, porém citou só um: Assistir televisão pelo fundo da mesma. “Um detalhe bobo que algumas crianças podem perceber e comentar depois”, disse. Um dos motivos que lhe fez gostar do espetáculo foi por perceber que ali tinha pessoas preocupadas em querer fazer teatro, além da questão artística do espetáculo. “Teatro infantil pra mim é muito difícil e tem coisas ricas, quanto mais simples é mais difícil; E como é um espetáculo para criança, tem que fazer uma coisa com bastante criatividade para poder funcionar, assim como espetáculo”, finalizou.

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