Elenco da peça, produtores do colisão e debatedores |
Paulo Marcos de Carvalho
“Eu vejo um monte de imagens, ele pinta de várias formas, a montagem e
desmontagem da cena(...)” - “Há alguns anos acompanho o trabalho do Ribamar
Ribeiro e acho um dos trabalhos mais importantes na área de informação e de
incentivo, e talvez seja o melhor no Rio de Janeiro hoje, pelo menos em minha
opinião, relacionado na parte de formação”, iniciou. De acordo com ele, o texto
nos seduz e leva para dentro da proposta. “Queria começar falar um pouco de
como o texto chegou aos meus ouvidos, pois em alguns bons momentos, o texto se
perdeu, como uma televisão antiga e com interferência”, disse, colocando que
deixou de embarcar em algumas cenas devido esse fator. Uma das coisas que
acontece no teatro é a sedução a partir da palavra e que, junto com o corpo,
faz uma boa cena. “Eu vejo um monte de imagens, ele pinta de várias formas, a
montagem e desmontagem da cena, porém eu gostaria de visualizar mais imagens a
partir do texto falado”, afirmou. Um texto tão saboroso, rápido e dinâmico, que
deixou a impressão em Paulo que ele é rápido demais, ou seja, a palavra, às
vezes, não chegava até ele.
José Sisneiros
“Iniciantes engajados na arte de atuar” - Nos últimos festivais de
teatro que José Sisneiros participou como júri, percebeu a presença de Ribamar
Ribeiro em todos com pelo menos um espetáculo. “Minha visão é que hoje, para
mim, aconteceu teatro”, afirmou. Sentiu a mesma coisa que Paulo, a rapidez no
texto. O que pode ser compreensível como um nervosismo do ator. “Eu vi o cachorro (Léo Morais) com o rabo, e é o que eu
gosto no teatro”, disse Sisneiros, sobre o ator que interpretou o cachorro da
família. Dramaturgia feita por Ribamar Ribeiro e a sincronia da fala com o
corpo, foram coisas que José Sisneiros adorou no espetáculo. “Iniciantes
engajados na arte de atuar”, finalizou.
Renato Neves
“Eu gosto mais da energia da cena(...)” - Trabalha lá no CTI e conhece
toda a concepção do espetáculo. “Eu conheço tudo, desde a história do texto até
o nome, que fui eu quem o escolheu; Para mim, cabe especificamente, apenas
concordar com toda a concepção do espetáculo, pois não tenho como falar de
proposta, de montagem, e nada disso”, disse Renato. Revelou que como já participou
do processo desde a montagem, uma das coisas que mais gosta é a energia da
cena. “Eu gosto mais da energia da cena, e hoje eu acho que não percorreu o
teatro inteiro, o problema não é a velocidade, mas acho que o texto era mal
dito, ou não foi dito claramente”, afirmou. São processos educacionais, o que
se entende. “Teve alguns momentos que eu achei a música baixa, mas o resto
agente resolve em casa”, brincou.
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