Produção do "Projeto colisão", elenco do espetáculo e debatedores |
Marcia Valeria
“Só esse ponto de partida de trabalhar com
teatro dentro de um colégio, já é nota dez” - Relembrou que já havia assistido ao
espetáculo no ano passado, na FETAERJ, e que seu comentário sobre as meninas
usarem molecas foi seguido por Mauro Marquês. Parabenizou o Colégio Santa Mônica
por ter aulas de teatro para os alunos, o que é uma iniciativa que deveria ser
seguida em todos os colégios, conforme sua opinião. “Só esse ponto de partida
de trabalhar com teatro dentro de um colégio, já é nota dez”, disse. Um dos
eixos importantes que comentou foi sobre a projeção do ‘data show’ no corpo do
ator, porém não entrou muito afundo e deixou a questão para o Martingil, que
como cenógrafo, pode adentrar sobre o assunto. Reparou o figurino transparente
de quem interpretou a senhora, vista pelo príncipe Azul como uma fada. “A saia
é transparente e a bunda dela é linda, sendo difícil acreditar que essa velha
tem essa bunda lisinha, toda poderosa”, brincou, fortalecendo que poderia usar
uma calçola, pois a transparência da saia marca muito.
Comentou que em determinada cena o ator vai para frente do tablado e
fala uma determinada frase, volta para a cadeira, ouve o que o outro personagem
diz e vai novamente para frente do tablado e conta o que foi dito, interagindo
com a plateia. “Esse deslocamento, eu entendo como uma queda de ritmo”, disse.
Outra coisa que lhe chamou atenção foi o final do espetáculo. “O espetáculo já
diz tudo, ou seja, no final não é necessário moralizar mais; Isso faz com que
diminua o texto e o trabalho dos atores, não sendo necessário redizer o que o
texto já disse”. O que achou mais lindo foi a diversão dos atores em cena,
comentando que seriedade também é uma brincadeira, e isso é teatro.
Sonaira D'Ávila
“Concordo que tenha problemas visuais, mas não
estou aqui para criticar (...)” - Comentou sobre problemas de tempo de
cena, mas ressaltando que é coisa que se ajusta. E em seguida entrou na questão
do grupo ser proveniente de uma escola. “Não precisa ser amador por ser escola,
não é ser pobre, ou ser menos, ou de qualquer outro jeito, essa é uma condição
que levamos e não precisa, pois tem uma estética, ou um pensamento artístico,
que começa pela escola”, afirmou. “Concordo que tenha problemas visuais, mas
não estou aqui para criticar, pois isso para a gente é fácil, não estamos
envolvidos no processo”, disse. E por ser um grupo de jovens, aconselhou: “Não
faça teatro achando que você irá para a globo”.
Martingil Egypto:
“Não é ruim utilizar, mas tem que tomar
cuidado de não projetar no corpo do ator” - Relatou que já acompanha o trabalho de Mauro
Marquês há alguns anos, e que acha de muita importância a sua disponibilidade
para fazer esse trabalho com a garotada, alunos e ex-alunos do Colégio Santa
Mônica. Relembrou a seriedade do grupo anterior, pois já havia assistido uma
apresentação deles em Caxias e os atores eram outros, devido à renovação
continua que ocorre na companhia, além de ter reparado a seriedade desse grupo.
Em relação à questão do cenário, primeira coisa que a Marcia Valeria levantou,
comentou que a utilização do ‘data show’ é valida, mas precisa tomar alguns
cuidados. “Acabou imprimindo no rosto do ator um pedaço de castelo, ou de
floresta; Não é ruim utilizar, mas tem que tomar cuidado de não projetar no
corpo do ator”, afirmou. Comentou sobre o seu entendimento das imagens ao fundo,
reproduzidas pelo ‘data show’, representar um livro a ser desfolhado. “Eu
entendi por que no inicio eu vi um livro fechado com o título do espetáculo,
mas faltou um pouco essa clareza de que era um livro, devido em alguns momentos
ter uma página desenhada, outros uma fotografia”, disse, fortalecendo que se
pretende passar a idéia de um livro, então que as imagens continuem em todo o
espetáculo, ao invés de sair e voltar durante a história.
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