Produção do 'Projeto Mostra Colisão', Debatedores e elenco da peça |
Sonaira D’Ávila
“Podemos afinar enquanto processo para ficar
um bom produto artístico, e não ficar só no comercial para brincar na escola” - Comentou que é
interessante a ideia de atualizar os contos infantis, porém quando se modifica
demais acaba virando uma coisa comercial. “Podemos afinar enquanto processo
para ficar um bom produto artístico, e não ficar só no comercial para brincar
na escola”, disse. Afirmou não gostar da dublagem que o espetáculo apresenta. “Ou
assume que canta e vai cantar, ou assume e trilha; Canso-me um pouco vendo
isso, me incomoda”, contou Sonaira, deixando claro que é uma opinião
absolutamente pessoal. Seu ultimo questionamento foi sobre o espetáculo assumir
uma identidade visual, e trabalhar com apenas uma unidade visual. “Não ficar
levando e trazendo o cenário no palco”, finalizou.
Renato Neves
“Trabalho exaustivo é o que leva resultado” - “Você comentou que tem
dificuldade de ter um grupo fixo, o que eu acho que há uma explicação bem clara,
pois o tempo é o senhor das coisas, e se tiver trabalho, trabalho e trabalho, o
mesmo gera a consequência, do trabalho ou não trabalho”, iniciou Renato. Falou
sobre a dublagem da música, e que se não tem tempo e trabalho, não consegue ter
um bom resultado com isso. “Não digo que precise ser exatamente a música ao
vivo, o fundo pode ser gravado com a voz do ator com uns 10 a 20 por cento de
volume e o ator canta em cima de um playback, conseguindo um resultado melhor”,
afirmou, colocando a questão de quando a proposta do espetáculo não é um
musical, não é necessário ser um cantor que atua, e sim um ator que canta.
Posicionamento cênico, um dos pontos que ele achou justificável pela falta de
ensaio, o que se torna complicado devido à luz se tornar inimiga dos atores. “Em
alguns momentos a luz parava no peito”, disse.
Alguns tópicos da história chamaram bastante a atenção de Renato, como
por exemplo, a borboleta virar uma fada, a o entrosamento dos dois porquinhos. “Acho
muito interessante o jogo dos dois porquinhos, um entrosamento e uma leveza em
cena, e para vocês que estão começando, enfim, acho que tem uma segurança legal”,
afirmou. Porém, para ele, os dois funcionam melhor quando estão sozinhos tendo
um jogo muito legal, vale ressaltar. Relatou o fato de haver alguns problemas
na produção, principalmente na hora das músicas. “Trabalho exaustivo é o que
leva resultado; Se você acredita, cai dentro e trabalha, que você vai ter uma
música melhor apresentada e como você quer e não como você pode”, concluiu.
José Sisneiros
“O que eu entendi, é que vocês trabalham com
recreação infantil” - Iniciou falando sobre as fases da vida, uma específica no caso, que é
a junção do fator profissional acadêmico e do fator profissional sobrevivência,
e quando os atores encontram-se nesta fase, acaba que ficam num processo de
conflito permanente. “O que eu entendi, é que vocês trabalham com recreação
infantil”, disse. Comentou algumas coisas que lhe chamaram atenção e que, para
ele, são muito primárias, o que pode prejudicar e continuar fazendo. “As regras
que se usam para se fazer teatro, são as mesmas em todos os lugares, o que
difere é a questão da criação.”, afirmou Sisneiros, completando que podem fazer
o mesmo espetáculo para recrear, porém com uma criação teatral. Esses detalhes,
que são bobos, acabam passando despercebido pelos atores envolvidos no processo,
como: o som atrás e uma pessoa cantando na frente. “Incomoda-me certos cuidados”.
Entendendo a necessidade de se recrear, acho que se deve pensar na criação do
espetáculo e do personagem. “Em relação ao trabalho de vocês, tem detalhes do
canto e da sincronia de expressão, que tem que estar preparado para aquilo que
o personagem exige”, disse, não observando nada de ruim em começar e tentar.
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